Em O Outro Lado do Paraíso, nova novela das 21hr da Globo, existe a seguinte trama: o pai de um diplomata que não aceita o casamento do filho com uma mulher simples no sentido material, sabendo da ausência dele física e emocional por conta do trabalho, se alia a ex-namorada do filho e bolam um plano para que a mulher traia o marido.
O plano funciona e, após voltar de uma longa viagem o filho tem acesso as fotos, mas nem olha, perdoa a mulher, assume também suas traições, sua ausência, e seu foco somente no trabalho.
O casal tem uma conversa cheia de amor e aceitação.
Voltei a ver novelas recentemente depois de um longo hiato e confesso que não lembro de ter visto uma cena dessa. Geralmente, a mulher é tratada como a vagabunda pelo homem orgulhoso traído. Não se avalia a complexidade da situação, apenas rótulos são colocados.
Não há espaço para o entendimento.
Em relação ao marido traído, já acompanhei alguns papéis do Emílio de Mello na TV, e confesso que esse é bastante diferente. A cena dele argumentando com o pai as razões de lutar pelo seu casamento, trouxe uma personalidade de homem seguro, aberto, e que respeita seus próprios sentimentos, apesar da pressão social pela dureza masculina.
Mas o que eu quero dizer com tudo isso? Que também senti uma forma não machista com que o texto do Walcyr Carrasco retratou a mulher numa situação de infidelidade.
Não imaginei que a reação do marido seria de diálogo.
O plano funciona e, após voltar de uma longa viagem o filho tem acesso as fotos, mas nem olha, perdoa a mulher, assume também suas traições, sua ausência, e seu foco somente no trabalho.
O casal tem uma conversa cheia de amor e aceitação.
Voltei a ver novelas recentemente depois de um longo hiato e confesso que não lembro de ter visto uma cena dessa. Geralmente, a mulher é tratada como a vagabunda pelo homem orgulhoso traído. Não se avalia a complexidade da situação, apenas rótulos são colocados.
Não há espaço para o entendimento.
Em relação ao marido traído, já acompanhei alguns papéis do Emílio de Mello na TV, e confesso que esse é bastante diferente. A cena dele argumentando com o pai as razões de lutar pelo seu casamento, trouxe uma personalidade de homem seguro, aberto, e que respeita seus próprios sentimentos, apesar da pressão social pela dureza masculina.
Mas o que eu quero dizer com tudo isso? Que também senti uma forma não machista com que o texto do Walcyr Carrasco retratou a mulher numa situação de infidelidade.
Não imaginei que a reação do marido seria de diálogo.
Glória Pires e Emílio de Mello em O Outro Lado do Paraíso (2017)