Ao longo da minha existência percebi que sou fascinada pela Música. A minha relação é de contemplação. Na infância, descobri no fundo da gaveta duas fitas cassetes do Raul Seixas pertencentes à minha mãe. Naquele momento parti para uma viagem sem volta. Apertei o play, aumentei o som, usei qualquer coisa de microfone, e então me senti rebelde cantando Metamorfose Ambulante.
Aliás, a juventude é um troço muito louco. Para mim, ela carrega a maior carga de energia rebelde do Ser humano. E rebeldia pode ser medida por diversos formas. Você pode ser um rebelde político, mas também pode ser um rebelde consigo mesmo, ou os dois, ou muitos, ou infinitos. Ao Homem não cabe definição, pois ele é plural. O passado pouco importa. Você não é o que ficou para trás. Mas então, quem somos? Se pensarmos que não existe uma resposta, talvez a vida fique mais interessante, misteriosa e a cada oportunidade, uma descoberta!
A primeira vez que procurei pela terapia holística, a astróloga colocou que meu ascendente capricórnio caracteriza uma audição apurada para a Música. Que o fato deu vibrar ouvindo Jazz, música Clássica, o instrumental surreal do Pink Floyd ou o movimento corporal invisível da batida do Reggae tinha um por quê enviado pelos Astros.
A verdade é que esse Blog não é do tipo musical, que posta discos e fala sobre canções. Ele sugere algo particular, biográfico e intrinsecamente inspirado pelas Artes. Sua denominação é nada mais que uma charada que carrega um ponto de interrogação: Yo.